Páginas

terça-feira, 15 de março de 2011

Organização mundial pede maior proteção aos usuários de serviços financeiros

15/03/2011 - 09h24 - UOL Economia

SÃO PAULO – Os serviços financeiros estão na lista dos mais reclamados entre os consumidores, segundo a Consumers International (CI), órgão que representa 220 organizações de defesa do consumidor em 115 países do mundo. E no Dia Mundial do Consumidor, comemorado nesta terça-feira (15), a entidade reforça a necessidade de ampliar a segurança dos usuários desse tipo de serviço.



E também pede para os consumidores de todo o mundo pressionem seus governos reivindicando melhores serviços bancários. Em nota, a organização mundial de defesa do consumidor ressaltou o compromisso do G-20, grupo que reúne as 20 economias mais importantes do mundo, de fortalecer a proteção dos consumidores desse tipo de serviço.

“Consumidores de todo o mundo seguem obtendo um tratamento injusto de bancos e outros provedores de serviços bancários”, disse o diretor geral da CI, Joost Martens. De acordo com ele, todos os anos 150 milhões de consumidores passam a ter acesso aos serviços financeiros.

Com tamanha demanda, a organização atenta para a qualidade desses serviços a fim de ampliar a segurança e o acesso com qualidade aos produtos bancários.

Recomendações

Em novembro de 2010, o CI encaminhou carta exigindo atenção do G-20 aos direitos dos consumidores de produtos financeiros. A ideia é evitar uma nova crise mundial. “O colapso de 2008 do mercado hipotecário de alto risco nos EUA foi o ponto de partida para o que se converteu na maior crise financeira desde a Grande Depressão”, afirmou o vice-presidente da CI, James Guest. “No fundo, esta crise começou com uma falta de proteção ao consumidor financeiro”, completou.

As propostas apresentadas aos representantes das economias mais importantes do mundo se resumem em boas práticas, alertas públicos e diretrizes mínimas para garantir que os direitos dos consumidores não sejam desrespeitados. “A aplicação das recomendações da CI será um passo importante para previnir uma nova catástrofe”, reforçou Guest.

"[As recomendações] constituem um conjunto claro e completo das demandas para melhorar consideravelmente a proteção financeira dos consumidores", completou Martens.

Entre as reivindicações da organização internacional estão: contratos mais claros, reparação efetiva na resolução de conflitos, implantação de medidas para promover a estabilidade e a segurança dos depósitos e investimentos dos consumidores e acesso universal aos serviços financeiros básicos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário