A decisão do
Copom (Comitê de Política Monetária) de reduzir a taxa básica de juros
do país, a Selic, em 0,5 p.p. (ponto percentual), para 11,50% ao ano,
fez com que o Brasil completasse 21 meses na liderança do ranking dos
países com maiores juros reais do planeta.
O país ocupa a primeira posição do ranking desde janeiro de 2010, quando ultrapassou o segundo colocado à época.
Com a alta, os juros reais foram a 5,5% ao ano. Na segunda posição aparece a Hungria, com taxa real de 2,3%.
O ranking é elaborado por Jason Vieira, analista internacional da
Cruzeiro do Sul Corretora, com 40 das maiores economias do planeta. Da
taxa básica, foi descontada a inflação projetada para os próximos 12
meses.
Na análise de Vieira, no Brasil, a queda dos juros reais desde a medição
anterior ocorre pela elevação nas projeções de inflação futura. "É o
resultado das mais recentes altas de preços ocorridas recentemente,
principalmente em alimentos e habitação."
Em diversos países, o índice de alimentação e energia também pesou na
atual medida, com a crescente elevação das projeções de inflação,
inclusive em economias desenvolvidas, independente do cenário de
atividade econômica.
Segundo levantamento da Cruzeiro do Sul, para que o Brasil deixasse a
primeira colocação no ranking, seria necessário um corte de 4,00 p.p. na
taxa Selic. Assim, o país chegaria a um juro real de 2,2%, ocupando a
segunda posição, atrás da Hungria.
Enquanto o Brasil reforça sua liderança na lista, mais da metade dos
países citados registram juro real negativo. Tanto que a taxa média
geral dos 40 países analisados ficou em -0,8%. Os últimos lugares do
ranking são ocupados por Hong Kong (-4,9%), Cingapura (-5,4%) e
Venezuela (-7,4%).
Editoria de Arte/Folhapress
Fonte: Folha Online - 19/10/2011
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ResponderExcluirAtt
ronildo@plennitus.com.br
Parabéns pelo blog que auxilia na conscientização dos cidadãos que consomem produtos bancários com taxas de juros realmente abusivas.
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