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25/11/11 - 09h35
Essa notícia é para quem não tem o hábito de conferir o extrato
bancário: as queixas contra os bancos por cobranças indevidas
triplicaram em um ano. Muitas vezes nem o gerente do banco sabe explicar
que taxa é aquela que apareceu no extrato.
Às vezes a cobrança parece pequena, de R$ 1 ou R$ 2, e o cliente pensa
que nem vale a pena reclamar, mas imagine só quanto os bancos arrecadam
com isso. Por isso, quando for olhar o saldo da sua conta, não se
esqueça de verificar esses detalhes.
O dinheiro saiu da conta do analista de sistemas Eliseu Ribeiro Sanches
Xavier aparentemente sem motivo. “Aquelas tarifas a mais que a gente
nunca sabe o que é e ninguém explica. Só aparecem. A gente acaba
pagando, porque não tem tempo nem de ligar para o banco e ele se
aproveita disso”, criticou.
O servidor público Alexandre Lima Souza já teve descontados pequenos
valores, como R$ 1 ou R$ 1,50. “Quando você vai debater com seu gerente,
ele diz que isso não está no seu pacote. Você vai ter de fazer um
upgrade no seu pacote”, contou.
Os órgãos de defesa do consumidor orientam o correntista a conferir
todo mês o extrato, porque tem agência cobrando por serviços que não
foram contratados ou que simplesmente não foram prestados. Só este ano
as reclamações contra bancos aumentaram 240%.
De janeiro a outubro do ano passado, os consumidores fizeram 445
queixas no Banco Central. Este ano, são 1.512. Se a cobrança é indevida,
o banco tem de devolver o dinheiro com juros e correção. Para isso, é
necessário que o cliente faça uma reclamação por escrito na agência.
“Se ele não tiver resposta, duplamente o banco estará incidindo uma
violação ao Código de Defesa do Consumidor. Primeiro porque cobrou algo
‘camuflado’ e não identificado, e segundo porque se negou a informar”,
orienta Rosana Chiavassa, advogada especializada em direito do
consumidor.
Neste caso, procure o Banco Central, o Procon e por último a Justiça.
Para a Justiça brasileira, o direito pode ser de R$ 0,01 ou R$ 1 milhão.
O cidadão tem o mesmo direito de ter preservada a condição inicial”,
acrescenta a advogada Rosana Chiavassa.
De acordo com o Banco Central, um plano de fiscalização será colocado
em prática no ano que vem. As reclamações contra taxas abusivas serão
levadas em conta.
Autor: Bom dia Brasil
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